sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A inércia económica do município de Albergaria-a-Velha


Os últimos números de dois diários regionais põem a nu a inércia da actual gestão camarária do município de Albergaria-a-Velha, quanto à promoção do desenvolvimento económico do concelho e do emprego. Senão vejamos!
Último número do quinzenário do Beira Vouga trás como manchete "VougaPark adjudicado", que, recorde-se, tem como objectivo desenvolver, em Sever de Vouga, um projecto de desenvolvimento económico e social.
Hoje no Diário de Aveiro (2 de Outubro) chama à primeira página o seguinte título "Eco-parques cria empregos e dinamiza economia "verde"", iniciativa do município de Estarreja.
Estes títulos levam-nos a confrontar com a nossa realidade concelhia e a concluir o quanto distantes estamos das políticas de desenvolvimento económico desenvolvidas nestes concelhos vizinhos. Não tomemos como referência o município de Estarreja, que sempre teve um sector industrial forte. Mas olhemos para Sever de Vouga. Este município, que podemos considerar interior, cuja inserção nos principais eixos rodoviários nacionais é mais desfavorável que a do concelho Albergaria-a-Velha, está demonstrar uma grande capacidade de promover o desenvolvimento económico do seu território. Por aqueles lados não há resignação. Por aqueles lados o interesse público não está agrilhoado ao interesse particular. Por aqueles lados a Câmara Municipal é parceira dos industriais, na concretização dos seus investimentos, e não obstáculo.
Aqui, em Albergaria-a-Velha, um industrial que queira alargar as suas infra-estruturas ou instalar-se na zona industrial, promovendo, assim, o desenvolvimento económico e a oferta de emprego, é lançado na especulação imobiliária à volta dos terrenos que circundam a Zona Industrial. Aqui, em Albergaria-a-Velha, os custos das infra-estruturas necessárias ao investimento, como por exemplo arruamentos, cujo benefício é público, é suportado pelos empresários.
É contra isto que nos candidatamos. Queremos uma Câmara Municipal activa na captação do investimento. Defendemos uma relação de relação de parceria com as empresas. Por isso, defendemos uma política de aquisição de terrenos e de criação de infra-estruturas necessárias à actividade económica (arruamentos; rede de água para consumo industrial; iluminação pública; saneamento; energia; parques verdes e de lazer; etc.), a par de um conjunto de infra-estruturas de apoio social aos trabalhadores, que torne fácil e competitivo o investimento no concelho. Só, assim, conseguiremos alavancar o desenvolvimento económico e social do concelho. Só, assim, será possível aumentar a riqueza produzida no concelho. Só, assim, será possível aumentar a receita fiscal do concelho (IRC, IRS e Derrama) para políticas de investimento voltadas para a melhoria da qualidade de vida dos munícipes.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ligação ferroviária Aveiro - Salamanca


O Governo, através da RAVE, vai lançar esta semana o concurso para o estudo de impacte ambiental da ligação ferroviária Aveiro - Salamanca, relativamente ao troço Aveiro - Celorico da Beira. Mais um desafio para o planeamento do concelho de Albergaria-a-Velha e, consequentemente, para o seu futuro!
Esperemos que não haja displicência no acompanhamento deste processo tal como sucedeu com a A32, cujo desfecho resultou no desagrado da população da Branca. Convém recordar que, cumulativamente, decorrem os estudos da ligação entre Lisboa-Porto em alta-velocidade, cujas medidas preventivas já foram objecto de publicação no Diário da República.
Estas infra-estruturas ferroviárias exigem uma visão de desenvolvimento para o concelho de Albergaria-a-Velha, que até agora não temos vislumbrado no discurso político, de quem detém a Presidência da Câmara, nem em estudos sobre o impacte dessas infra-estruturas no planeamento do território concelhio. Essas infra-estruturas podem constituir uma oportunidade se bem integradas e potenciadas no sentido do seu desenvolvimento. De contrário teremos num futuro próximo um território inóspito e incapaz de proporcionar qualidade de vida aos Albergarienses.

A Biblioteca Municipal: o símbolo de uma gestão

A descrição e simplicidade marcaram a abertura da biblioteca municipal de Águeda, que custou 2 milhões de euros, 500 mil dos quais financiados pelo Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB).
Este facto suscita a pergunta: porque é que os outros municípios conseguem infra-estruturas tão básicas quanto uma biblioteca, para não falar noutras de âmbito cultural, e o de Albergaria-a-Velha não? Culpa o presidente da edilidade o governo que não disponibiliza financiamento para tal. Mas se outros municípios conseguem financiamento, como é o caso do município de Águeda, e de tantos outros, porque não consegue o de Albergaria-a-Velha? Só há uma justificação para o facto: incapacidade e incompetência.
Conclusão: o que falta ao município de Albergaria-a-Velha é uma estratégica cultural, porque os meios financeiros estão ao dispor.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

A máquina do poder

MFL no encerramento da Universidade de Verão do PSD criticou a transformação do estado "numa máquina ao serviço do poder e dos que o ocuparam, dos que protege e dos que lhe são submissos", pretendendo atingir, injustamente, o PS.
Antes de as proferir deveria olhar para os locais onde o PSD exerce o poder. Desde logo, para o concelho de Albergaria-a-Velha onde, ai sim, e a todos os níveis, se aplicam na integra.

O mandato visto ao espelho






A página 21 do último número de "Albergaria, em Revista", documenta, de forma categórica, a ausência de uma perspectiva de desenvolvimento para o concelho de Albergaria-a-velha por parte do actual Presidente da Câmara e candidato nas próximas eleições autárquicas.
As imagens falam por si! Apresenta como obra a colocação de tapete betuminoso em três arruamentos e, imagine-se, a construção de um muro de suporte de terras. Não deixam de ser obra, é verdade. Mas apresentá-las como exemplos da sua gestão, revela, acima de tudo, a ausência de sentido do ridículo e o pouco feito durante o mandato. Por isso, recorre-se a tudo que foi feito, nem que seja o recolocar das pedras da calçada.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Reedição de um novo muro a gostinho?



Será que estamos à beira de presenciar mais um novo caso de muro a gostinho à conta do erário público? Ao que se julga os materiais foram descarregados por viaturas da Câmara Municipal. Não seria inédito, porque nos últimos 8 anos de presidência de João Agostinho duas mãos não chegam para contar os muros feitos a gosto.
Todos os meios valem para "comprar" o voto do eleitor! O problema é que não custa ao benemérito Presidente da Câmara mas ao erário público. Isto é, a todos nós!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

As listas surpreendentes do CDS/PP

Apesar de a constituição das listas ser um assunto do foro interno dos partidos políticos, não podemos deixar de as analisar, designadamente no que respeita à sua constituição e tirar algumas ilações políticas. É no seguimento dessa análise que ficámos surpreendidos com as listas do CDS/PP à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal. Recorra-se à história autárquica do concelho de Albergaria-a-Velha para que nos possam compreender melhor.
Em 2001 o Presidente da Câmara Municipal era Rui Marques. No mesmo ano, concorreu às eleições autárquicas, em conjunto com outras forças partidárias, uma lista de Independentes à Câmara e Assembleia Municipal que tinha um único, público, objectivo político: destronar Rui Marques da mesma presidência. Encabeçou a lista de Independentes à Câmara Municipal Delfim Bismarck. O resultado foi a conquista da Câmara Municipal pelo PPD/PSD sob a liderança do actual Presidente da Câmara, João Agostinho. É, por isso, surpreendente o concurso de Delfim Bismarck como cabeça de lista do CDS/PP à Assembleia Municipal.
Mas não menos surpreendente, é a integração na lista à Câmara Municipal às Autárquicas de 2009 de Rui Marques em segundo lugar, à semelhança do sucedeu nas eleições de 2005. Surpreendente, por um lado, porque sofreu uma derrota eleitoral em 2001 em resultado do concurso de uma lista de Independentes liderada por Delfim Bismarck; e, por outro, porque faltou a mais de 75% das reuniões de Câmara Municipal, para a qual foi eleito como Vereador em 2005.
Não questiona-mos a legitimidade de um Vereador em faltar quando as condições pessoais o exigem. Mas quando se verifica tal nível de absentismo, significa que não temos condições pessoais para o exercício dos cargos públicos a que nos propusemos. Qual a autenticidade de uma nova recandidatura ao cargo de Vereador? Qual o respeito que tem pelos eleitores que o elegeram com o seu voto? Nenhum!
São estes jogos políticos que afastam os cidadãos da nobre função que é servir a causa pública.
São estes jogos políticos que desacreditam a política e os políticos, com a marca, neste momento, do CDS/PP de Albergaria-a-Velha.